Josué
de Castro: homem que vive através de suas obras.
Quem é Josué de Castro? Até pouco tempo eu não fazia idéia
de quem fosse? Muito menos o que este fez. Conhecia só de ouvir falar. Mas,
quem é esse homem?
Bom, algo me chamou atenção... Neste período, a professora,
mencionou à sua importância a Geografia.
Mas, e daí? O que ele fez? Caraca! “Cidadão do mundo”?!
Nossa! Exclamei! Mas, por quê? O quê? Como? Isso é possível?
Sim. Como poderia um homem em plena ditadura ousar falar da
fome? Quando todos os geógrafos se preocupavam com gráficos? Impressionante!
Homem de admirável coragem. Que currículo fantástico, invejável. Como pode?!Tão
pouco lembrado, principalmente pela Geografia.
Em 1964, tentaram calar-lhe, cassando-lhe os direitos
políticos. Ha ha... Mas, enquanto os daqui o expulsaram muitos o quisera.
Nossa! Foram diversos convites para ser o seu exílio!
Impressionante! Não é mesmo?!
As suas obras impedidas de serem editadas, mas a França este
escolheu. Lá publicou muitos artigos, e voltou a lecionar Geografia Humana. Dizem
que este morreu de tristeza, saudades da terra mãe. Que pena!
Mas, a sua voz, não calou!
De 1964-1973, esteve por aqui duas vezes, somente mantendo
contato com familiares. Com 21 anos formou-se em Medicina, 1939, convidado
oficial do Governo italiano para realizar um ciclo de Conferências nas
Universidades de Roma e Nápoles sobre os problemas de Aclimatação humana nos
trópicos.
Em 1945, convidado oficial de vários países. Extraordinário!
Dentre os quais: Argentina, E.U.A,República Dominicana, México e França. Fora
membro da Comissão de Inquérito para Estudo de Alimentação do povo brasileiro.
Nossa! Quantas obras, não?! Com certeza, ele deixara uma
grande herança, da qual estou muito orgulhosa. Dessa herança que recebi,
pretendo multiplicá-la. Hum... Projeto audacioso não acha?! Sonho?! O que adianta
estudar tanto, ler sobre tudo, ser educadora e não acreditar no amanhã, nada
disso valeria à pena.
Prazer em conhecê-lo, Sr. Josué de Castro! E digo-lhe mais,
você vive através de suas obras.
Esse texto foi escrito
no auge do entusiasmo em meio às leituras e alguns trechos foram retirados do
texto de Ana Maria de Castro, em Josué de
Castro, brasileiro e nordestino.